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terça-feira, 30 de junho de 2009

CRÔNICA DE UMA HISTÓRIA NÃO CONTADA

A hipocrisia - do Aurélio: afetação (fingimento) de uma virtude, de um sentimento louvável que não se tem - é derivada da vaidade ou algo assim. Os hipócritas negam para todos – especialmente para si próprios - seus defeitos de fabricação, suas características indesejáveis. Justamente por não aceitar a totalidade e as limitações de seu ser, os hipócritas são desumanos. Doa a quem doer vão impor autoritariamente as suas “verdades”.


Na faculdade eu atravessava o auge de minha fase careto-vegetariana e notei que o fato de não comer carne, nem fazer uso de nenhuma droga lícita ou ilícita, incomodava algumas pessoas. Eu sei lá porque, mas tem gente que não gosta de ficar pratrás, especialmente nessa moralidade besta que nos circunda. Tinha um colega que dizia que não bebia também. Passado uns meses ele contava displicentemente que tinha saído com um amigo para um lugar “dechavado” e lá eles tinham tomado umas cervejas. Estranhei:


- Ué cara, você não disse que não bebia? – Pouco importava se ele bebia ou não, só estava curioso com a suposta recaída, mas ele me socorreu todo cioso de sua caretice:


- Não, mas ninguém me viu bebendo não... - É disso que estou falando, se as pessoas negam bobagens assim, querendo passar uma imagem do que não são, fico pensando nas coisas realmente cabeludas e contundentes que devem escamotear.


Um dos grandes problemas dos hipócritas é que eles não deixam a verdade vir à tona, impedem a história de ser contada ou então forçam a barra de todos pra contar do seu jeito. Aqueles que não têm acesso aos verdadeiros fatos de sua história nunca conseguirão racionalizar a trajetória de seu povo, nem filosofar sobre a existência. Esse é um dos pontos fundamentais para se entender o ostracismo cultural em que patina há décadas o Espírito Santo. Cachoeiro à parte, evidentemente.


Aqui não se pode falar certas verdades, geralmente as represálias não valem a diversão. Acho curioso isso porque no Brasil vemos revistas como Isto É descendo o malho nas inúmeras gafes do presidente Lula e, que se saiba, ninguém foi processado por isso. A coluna do Zé Simão, que é uma gozação de cima em baixo, simplesmente não poderia ser editada aqui se os representantes do três poderes e empresários locais fossem o alvo. É como se aqui todos estivéssemos acima do bem e do mal.


Se não aprendermos a nos indignar com nossas burradas e até rir de nós mesmos, de nossos defeitos - que todos os temos, graças a Deus - nunca iremos amadurecer como sociedade democrática. O nosso direito civil de liberdade de expressão torna-se uma falácia, vivemos numa linda Terra do Nunca, “preconizando” (atentem para a erudição) a famosa ilusão de que: “Aparentar estar bem é mais importante do que estar bem de verdade”.


O resultado desse estado hipocrático endêmico (Aiô Silver!) é colhido nas urnas quando reelegemos políticos de passado tenebroso - parece que Gratz está voltando com tudo – crimes pavorosos continuarão sem solução (quem matou Araceli mesmo?), enquanto isso proliferam a fofoca pura e simples, a inverdade é disseminada livremente até se tornar um senso comum. A história não pode ser contada porque é fundamentada na mentira, viveremos a realidade dos hipócritas e ela é uma dura realidade.


Como alguns de vocês já devem estar imaginando, escrevo isso porque se aproxima velozmente o dia 05 de julho, data que marca os vinte anos do assassinato da colunista social Maria Nilce Magalhães. Li sábado no jornal A Gazeta uma nota – se não me engano na coluna Victor Hugo - comentando que agora o crime vai prescrever e que podem dormir mais tranqüilos os demais participantes desse crime de repercussão internacional que ainda não foram apontados ou condenados pela justiça.


Maria Nilce foi uma das primeiras pessoas daqui a ter a ilusão de que dizer duras verdades é que era bacana. Foi agredida, agrediu de volta e o cidadão comum se divertia com esse espetáculo. Diferente de seus colegas colunistas, Maria dizia que o feio era feio, que a mal vestida estava mal vestida e que em Vitória o ridículo era uma tônica e não a exceção. Pagou uma conta cara com essa sociedade por teimar em expor suas chagas, mais caro pagaram seus familiares e os poucos amigos que até hoje lamentam sua perda.


A colunista teria hoje 69 anos recém completados, um número sexy que ela certamente aprovaria. Talvez a sua morte não tenha nada a ver com a incapacidade da elite capixaba rir de si mesma, mas certamente a hipocrisia e a frieza com que seu assassinato foi tratado pela cobertura jornalística e pelas pessoas responsáveis por certas respostas, nos impede até hoje de contar a sua verdadeira história, a não ser que a abordemos do ponto de vista das grandes lacunas deixadas. E isso é uma vergonha... Pra não dizer outra coisa.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

JORNADA ARCAICA


Quem se lembra do filme “Como Eliminar Seu Chefe”? Lançado em 1980, era uma comédia com Jane Fonda e uma cantora de country americana chamada Dolly Parton, a trilha tinha uma canção chamada “9 to 5” que estourou como um dos maiores hits da década perdida. Para quem não tem obrigação de saber, esse “nove às cinco” refere-se ao horário comercial de trabalho americano e que deve ser, sei lá, o que rola na gringolândia até hoje. Dr. Rock que morou lá me ajuda aí, por favor.


Nem quero saber como é que se estabeleceu aqui essa jornada de trabalho de 8 às 18, que nos diferencia dos gringos por essas duas horas de pausa para o almoço, sei que é uma coisa arcaica e que se virou contra aqueles a quem deveria beneficiar. O que acontece na prática é que a maioria dos trabalhadores, ao invés de oito, investem dez horas em suas funções, fora o tempo do deslocamento de casa para o trabalho e o inverso. Do jeito que a Grande Vitória se desenvolveu, a diversidade de ofertas de trabalho fez moradores de Cariacica trabalharem na Serra e os de Vila Velha em Vitória e assim por diante. Tenho uma amiga que vem e vai de Aracruz a Vitória para trabalhar todos os dias (!)


Raros são aqueles que teriam a oportunidade de ir em casa almoçar, descansar e retornar ao seu emprego para as quatro horas restantes de trabalho. Dentro os poucos que têm essa oportunidade estão os patrões e os grandes burocratas. Estes têm carro com motorista, geralmente moram perto do trabalho, raramente almoçam nos self-services que proliferam ao redor de seus negócios para dar baixa na fome de seus empregados. Alem de desfrutar dessa pausa, a – vamos dizer assim – “elite” sabe muito bem que seus trabalhadores não vão e isso também é bom para os negócios.


Esse intervalo de duas horas no almoço pode ter sido muito bacana no passado e ainda deve ser para os que moram nas cidades bem pequenas, que é menos da metade da população hoje do Espírito Santo. Para o trabalho de verdade ele é ruim: dispersa as pessoas e suas idéias, desperdiça energia - inclusive elétrica - e tempo. Se fizéssemos como os gringos os trabalhadores ganhariam duas horas de seus dias, chegariam um pouco mais tarde, sairiam um pouco mais cedo, produziriam mais e viveriam melhor.


Sei que tem gente que vai argumentar na lata que a cultura americana é totalmente diferente da nossa e que o “lunch” deles é um lanche mesmo e não um almoço e que o cidadão brazuca precisa parar tudo mesmo para bater aquele prato de feijão com pimenta e uma boa buchada. Eu até concordo, mas também pergunto: quem leva duas horas fazendo isso?


O que acontece na prática é que todos saem do escritório vão até o restaurante da esquina, se o cara estiver sozinho come em dez minutos, se encontrar um amigo pode levar uma meia hora. E depois vai ficar fazendo o quê? Batendo pernas pela rua? Se for no verão (e o calor aqui dura quase o ano inteiro) ninguém agüenta. Volta todo mundo para seu lugar de trabalho, onde geralmente tem um ar-condicionado e fica lá gastando energia ou engatando logo no trabalho, como fazem os funcionários bons, especialmente para seus empregadores.


A pior faceta que já vi dessa jornada arcaica está no serviço público, mas creio que aconteça em empresas particulares também. É uma e quinze da tarde, a funcionária do setor já voltou do almoço porque não tem coisa nenhuma pra fazer pela rua, senta em sua “mesa de trabalho” - porque não teria outro lugar - e fica lá sem fazer nada. Se aparece alguém com alguma demanda ela vai falar displicente: “Agora não. Estou no meu horário de almoço”. E o pior é que ela está certa, errado é esse sistema doido em que vivemos.


Outro problema desse nosso “horário comercial” é que tem empresas, especialmente de serviços, que se pautam por ele causando transtornos para aqueles a quem deveriam atender. Não sei como não quebram. O exemplo que vou dar vem da patroa, mas já aconteceu comigo também. O meu bairro, Bento Ferreira, em certos aspectos ainda vive isolado num passado bucólico - o que eu adoro - mas têm coisas que muito bem poderiam ser atualizadas.


Os salões de beleza, por exemplo, só abrem no horário comercial (!) Eu mesmo cortava o cabelo dando pequenas escapulidas do trabalho e uma vez perguntei pra dona do estabelecimento: mas me fala uma coisa: tem gente que vem aqui às oito horas da manhã? Não seria melhor abrir mais tarde e fechar depois do horário comercial para pegar o pessoal na folga? Pouco coisando para minha argumentação, a mulher disse que o salão bombava logo cedo. Pode até ser, mas minha mulher falou que no sábado o salão fica parecendo um saloon daqueles filmes de faroeste: um verdadeiro furdúncio.


As pessoas são livres para viver do jeito que acham melhor e mudam quando sentem que precisam, se isso não as incomoda por que será que eu vou. Mas acho curioso esse nosso povo, porque os trabalhadores comerciários, se não me engano, brigaram na justiça pelo direito de ter folga aos domingos acabando com esse negócio de supermercado e shopping funcionar, o que sem dúvida é um direito deles, mas para os outros trabalhadores que não têm tempo livre - entre outras coisas - por causa desse horário comercial defasado, é um problema de ordem prática.


Então vamos vivendo assim resolvendo problemas com outros problemas, dando e recebendo a ilusão de que está tudo certo, afinal, nesses tempos bicudos, quem tem um emprego tem que comemorar. Bem que eu queria morar pertinho de meu trabalho – se um dia voltar a ter algo parecido com um emprego fixo - e poder almoçar em casa como meus pais faziam, os filhos em volta – quando finalmente os tiver – depois sentar pra assistir ao telejornal, dar uma cochilada, acordar, tomar um cafezinho, dar um cheiro na patroa e voltar pra labuta. É bom ser romântico, mas não vejo a hora de entrar na modernidade. Agora é tudo ou nada: ou isso, ou o fim da cotação do café!

domingo, 28 de junho de 2009

Glenn Gould toca Bach

Para quem não tem obrigação de conhecer o pianista canadense Glenn Gould, de quem falo no post anterior, não deixe de dar uma olhada nesse video. É uma boa mostra de seu talento e, especialmente, de seu jeito peculiar.

As filmagens foram feitas em uma casa de campo que seus pais tinham e conta com a participação especial de Banquo, seu cão de estimação, para quem Glenn escrevia cartas de sua tour pela Russia.




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sexta-feira, 26 de junho de 2009

MEMÓRIAS DO MUNDO BIZARRO

Nos anos setenta do século passado - os famigerados “enlatados” da TV Americana faziam grande sucesso no meio da garotada. Curiosamente três ícones muito cintilantes dessa era deixaram o mundo por agora, em um período muito próximo. Primeiro foi o gafanhoto David Carradine, astro da série Kung Fu quem nos deixou.


Que grande barato era assistir aquelas lições de moral made in China in Box, o discípulo aprendendo a caminhar numa folha de papel de arroz sem a desmanchar e depois pelas areias do deserto sem deixar pegadas. David se foi de maneira meio torta, mas felizmente não aprendeu bem as lições do sábio mestre do Kung Fu, seus passos permanecem impressos na memória de inúmeros admiradores do mundo inteiro.


Agora se vão Michael Jackson e a panteríssima Farrah Fawcett, que inicialmente tornou-se conhecida com o sobrenome Majors, porque era casada com o ator de outro enlatado famoso “O Homem de Seis Milhões de Dólares”, do qual tenho vaguíssima lembrança e, nem sei por quê, associava esse seriado com a furacônica passagem pelo Brasil do “paranormal” Uri Geller, um indivíduo que entortava colheres e fazia relógios funcionar, tudo somente com a força do pensamento.


As crianças corriam pela casa procurando algum relógio quebrado pra tentar fazer funcionar também, eu mesmo me lembro de ficar olhando sério pro relógio e ordenar concentrado: funciona, funciona! O que funcionava mesmo era o marketing esotérico desse esperto e boa pinta israelense que tempos depois caiu em completo descrédito taxado de charlatão.


As panteras faziam a cabeça das meninas da minha rua e a SWAT a dos meninos. Eu corria desembestado pelos prédios que tinham em frente da casa de meus pais, empunhando uma estrambótica metralhadora de plástico que tinha uma coisa laranja na ponta que entrava e saia e fazia barulho, era quase uma experiência sexual. Eu no meio da mulecada realizando bravatas imaginárias, ali no limite de Santa Lúcia com a Praia do Canto.


Uma das homenagens mais bacanas feitas à belíssima pantera loira foi a peruca do personagem Hedwig, do filme Hedwig: Sexo, Amor e Traição, um musical de 2000 baseado numa peça Off Broadway, que confesso não saber direito o que é. Aliás, deve ser como sair de cartaz do Theatro Carlos Gomes e estrear em Guaçuí. É Off Downtown Vitória. Huahuhauhauhauha!


Hedwig é um travesti líder de uma banda de rock cuja peruca imita os leoninos cabelos de Farrah Fawcett, o resultado é hilário, porém convincente. Quem gosta de roquenrou não pode perder esse filme, as piadas são ótimas, as letras criativas e inteligentes e a estrutura das canções lembra a dos anos setenta, com várias pontes, seções e viadu-tos.


Farrah já estava desenganada, mas a morte de Michael Jackson pegou o mundo de calças curtas. O Jackson 5 é uma banda que sempre ficou embaralhada em minha lembrança, confundo com a Família Dó Ré Mi e até com os Harlem Blobetrotters que em algum lugar do passado estiveram em Vitória com grande estardalhaço.


A Morte do excelente cantor e dançarino Michael Jackson me lembra a de um outro ícone da música só que da dita erudita, um fabuloso pianista canadense chamado Glenn Gould. Guardadas muitas proporções devidas, ambos eram cheios de famosas excentricidades, tinham um fã-clube fiel, viveram cercados de especulações quanto à sexualidade e eventualmente se retiravam da vida pública para curtir, ou amargar, longos períodos de reclusão.


Eram dois músicos muito diferentes capazes de fazerem coisas impossíveis e decolaram para o sucesso com muita velocidade. Em ambos os casos, a mídia adorava as esquisitices destes artistas e as destacava mais do que a própria música, as gravadoras, conseqüentemente, se aproveitavam para vender e estava tudo certo. Not! Gould era muito admirado por sua execução da música para teclado de Bach, mas nas apresentações ao vivo suas caretas ao tocar e a mania de reger e cantarolar, tudo ao mesmo tempo, denegria sua imagem junto ao conservador e sisudo público da música clássica.


Michael passou pela vida se debatendo contra a própria imagem, tentando se desconstruir, mas, como no caso de Gould, seu drama dava o que falar à mída e, mais uma vez, estava tudo certo. O problema com ele foram os escândalos sexuais, acusações de pedofilia que denotavam no cantor uma clara falta de centro emocional e realmente acabaram maculando para sempre sua carreira brilhante como dançarino e cantor pop.


Glenn Gould, que era o protótipo do hipocondríaco, morreu subitamente aos cinqüenta anos de idade em 1982, logo após regravar a obra que o tornara famoso na juventude “As Variações Goldberg” de J. S. Bach. Michael estava se preparando para voltar aos palcos e faleceu com a mesma idade de Glenn.


Coincidências à parte, fica a dor e a certeza de que a mídia, o público e as empresas que fornecem alimento para a indústria pop adoram bizarrices e excentricidades, mais do que a arte e, sobretudo, os seres humanos que a realizam. É triste, mas fica a sensação de que Michael e Glenn partiram para a eterna lembrança de suas loucuras, mais que suas maravilhas.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

TÁ CHEGANDO O PRIMEIRO ANIVERSÁRIO DA LETRA ELEKTRÔNICA


Durante muito tempo relutei em ter um blog, saca? Achava um modismo internetóide, coisa de gente “muderna” e, apesar de as vezes escrever até mais do que posto na Letra Elektrônica, rolava uma preguiça danada desse compromisso com forma e regularidade que os blogueiros têm. Vai daí que de vez em quando me aconteciam uns textos pequenos, retratinhos revolts do cotidiano que eu compartilhava com amigos e alcançaram uma certa popularidade, começou a rolar a cobrança pra não parar ou para organizar melhor essa minha coisação escrivinhatória.


Nessa onda preguiçosa de não ter um blog comecei postando alguns desses meus textos no do meu querido amigo o “Grilo Falante”, que tinha o nome de A Vingança de Prometeu. Era um desses ditos “espaços literários” com contos mirabolantes e complexos. Esse cara acabou fazendo uma série de amizades internauticas pelo Brasil e outros escritores afins, uns nem tanto, o visitavam e comentavam seus textos, daí ele ia no blog do amigo e comentava também e ficavam assim naquela rasgação de seda que os iludia com uma espécie sutil de popularidade. Minha participação melou o barato e em pouco tempo Prometeu deu fim à sua Vingança.


Acho que o Grilo ficou grilado porque os comentários feitos aos meus textos eram diferentes dos que faziam aos dele, que minhas histórias suscitavam debates enquanto as suas recebiam os tradicionais “muito bom o seu texto” e “bacana isso que você escreveu”. Nunca ninguém tinha o xingado ou comentado um texto seu com putaria, os meus... Logo entrou numa de que aquilo tudo não passava de um teatrinho de egos e abandonou a empreitada. Eu achei muito divertida a experiência e, como todo amigo sacana, ainda falei: num te disse que essa parada não tinha nada a ver?


Lembro muito bem até hoje de um tiro desses que levei no ego, o primeiro talvez. Foi no primário. Eu desenhava por diversão e passatempo, porque sempre achei a escola um porre. Adorava revistas de super-heróis, ainda adoro, então tentava reproduzir o Super-homem, o Batman e um dia minha professora ficou encantada com um desenho que eu tinha feito do Popeye, indicou meu desenho para participar de uma exposição e anunciou para toda a classe. Cheguei em casa me sentindo uma espécie de Monet, Rembrandt ou Massena, para ser mais regional.


A exposição estava marcada para o domingo lá no falecido Clube Vitória, point bacana da sociedade anos setenta capixabesca, de frente pro Parque Moscoso. Toda a família se arrumou para assistir ao meu debut no mundo das artes, eu estava feliz como criança quando fica doente: no centro das atenções. Circulando pelo local da exposição é que me foi cair a ficha: tinha tantos e tantos desenhos expostos que nem consegui encontrar o meu. Fiquei como o Pequeno Príncipe quando descobriu na Terra um campo enorme com inúmeras flores como a que ele tanto amava e que pensava ser única. Descobri que eu também não era.


Mas, enfim, por que estou contando essa historinha? Porque no próximo dia 07 de julho A Letra Elektrônica comemora um ano de atividade blogueira e bateu a onda de agradecer a vocês que têm me lido e incentivado desde o início. Nunca quis fazer um blog agressivo ou ficar bancando o dono da verdade, arbitrando o que é bom e o que é ruim em nossa sociedade botocuda conservadora e hipócrita. Tem muita coisa legal no mundo pra se dizer e o próprio ato de escrever é uma delas, compartilhar isso com vocês obtendo comentários e críticas é mais legal ainda, é fundamental.


Graças a vocês meus textos hoje estão republicados em sites como o do Professor Roberto Belling, sem falar nas participações especiais no Moquecada e em outros blogs amigos -, mantendo a gente em contato enquanto ainda estamos aqui. Ontem recebi um convite, que muito me envaideceu, para participar de uma mesa redonda em um encontro nacional de blogueiros. Entre tanta gente boa escrevendo é muito legal ser lembrado assim, mas isso não é o mais importante: o mais importante é manter nossas idéias circulando, porque pedra que não rola cria limo. I'm like a rolling stone...

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Juiz Paulo de Tarso - ENTREVISTA

O Juiz Paulo de Tarso Tamborini Souza dá depoimento dramático sobre a situação carcerária no Espírito Santo durante entrevista no Programa do Jô.




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SOLUÇÃO PRÁTICA E RÁPIDA, MESMO QUE ABSURDA


No último 12 de junho o Juiz de Direito - Paulo de Tarso Tamborini Souza, que ajuda a realizar eleições pelo mundo (periférico), visitou o Programa do Jô para falar sobre sua participação nas eleições africanas. Lá pelas tantas - falando mal da pobreza e da miséria que viu por lá - o juiz falou que o Brasil não ficava muito atrás, que visitou as cadeias do país e comentou das condições sub-humanas a que estão submetidos os apenados no país. Falou especificamente horrorizado do Estado do Espírito Santo!


De maneira que soou involuntariamente preconceituosa, dado o assunto que se tratava, o juiz – que procurou destacar o lado pitoresco dos absurdos que testemunhou - falou das “celas” micro-ondas com sete andares de redes onde estão encarcerados jovens sem a mínima condição de subsistência. “Os ratos comem os pés dos detentos, eles não têm medo nem dos presos, quanto mais da gente”.


Tempos atrás recebi um email que continha trechos do relatório da visita aos presídios aqui do Espírito Santo. É de nos dar o que pensar, sobretudo porque, digamos que alguns dos que foram parar nesse lugar já não sejam propriamente “pessoas do bem”, o que será que eles vão aprontar quando retornarem ao nosso convívio? Tenho até medo de imaginar. A conclusão que chegamos é que já passou da hora de repensar essa nossa sociedade.


Freqüentemente vejo pessoas comentando o assunto e a solução mais comumente proposta é a de mandar matar todo mundo. Prática e rápida, mesmo que absurda. É como propor cortar a cabeça de um grupo de pessoas porque estão infestadas de piolhos. O que impressiona é que muitos estão falando sério mesmo, sem jamais terem sequer imaginado o choque ético/moral que é acabar com uma vida. E digo mais: se todos tivessem que matar e esquartejar os animais que comem o mundo estaria lotado de vegetarianos.


Penso que não é só a máquina Estatal e do Judiciário, que nossa sociedade organizou para gerir os assuntos da coletividade, que devem ser a solução para esse caos. A situação chegou a esse ponto através de um raciocínio de longo prazo, das grandes falácias sociais cuja valorização do individualismo nos levou ao abandono da ética humana, da capacidade de nos indignar com o sofrimento do outro, simplesmente porque não estamos diretamente envolvidos. Não vai haver esperança se continuarmos nos pautando pelo senso comum (bandido tem que morrer como no Carandirú) a coisa só vai piorar.


Ainda que seja muito difícil, devemos buscar a compreensão do grave momento social que atravessamos. Não se pode condenar pessoas a morte, ou à completa degradação que nos foi relatada, sem levar em consideração que cada uma destas é ligada diretamente a um grupo de outras e que a vida de um ser humano é responsabilidade de todos. Podem até dizer que os homens que vão parar num presídio são assassinos, estupradores, demônios encarnados. O fato de algumas pessoas serem o que são não pode nos obrigar a reagir à altura, que, no caso de alguns bandidos, seria descer vários patamares da decência humana.


Consideremos, por outro lado, que alguns desses homens não sejam propriamente monstros irrecuperáveis, o que está sendo deles dentro desse lugar? Só pra mencionar um trecho do capítulo 15 do evangelho de São Lucas, será que não vale a pena tentar resgatar aquela ovelha perdida ou a moedinha sumida que no final pode fazer a diferença? E eles estão lá porque a grande maioria da sociedade deliberadamente ignora sua sorte ou é complacente com a situação, o que é praticamente a mesma coisa.


Tempos atrás em uma festa comentei indignado esse assunto numa mesa com varias pessoas da sociedade, muitas das quais eu desconhecia. Que ingenuidade a minha. Uma moça se irritou com meu discurso “paz e amor”, queria saber se eu já tinha sido assaltado alguma vez, se um bandido já tinha feito mal a alguém de minha família. Falei calmamente que minha mãe havia sido assassinada pelo crime organizado. A moça - uma promotora de justiça - queria provar que eu era um alienado, ficou tão aborrecida que foi embora.


São esses conhecedores de vinhos caros e essas moças elegantes que diariamente decidem a vida de milhões de brasileiros. O juiz Paulo de Tarso disse em sua entrevista que “não podemos mais conviver com juízes que ficam encastelados dentro do fórum batendo carimbo”. Esses magistrados têm uma condição social muito diversa da dos réus que julgam e ignoram sua realidade. Esses abismos sociais, essas diferenças de classes, nada mais são do que seqüelas do período escravocrata. Não é nada comum vermos o povão ser tratado com deferência em nosso país, é bucha de canhão e assim é conduzido pela elite.


Há pouco tempo circulava pela Internet uma lista mostrando as inúmeras ligações de parentesco entre os ocupantes de cargos no Tribunal de Justiça do Espírito Santo, isso em uma sociedade que vende o peixe de que as chances são iguais para todos. A maioria de nós correu atrás dessa ilusão, até descobrirmos que não era verdade, ou que pelo menos não era bem assim. Dizia-se que o sucesso era quando a oportunidade encontrava o homem preparado. Pois bem, a maioria das pessoas não vai estar preparada nunca e aí? Azar não é? Os concursos públicos são hoje uma maneira de dizer para a sociedade, estamos dando uma oportunidade para todos. Essa é mais uma idéia “democrática” que precisa ser desinfetada.


A entrevista já está postada, mas quem tiver dificuldade é só copiar e colar o link da entrevista do Juiz Paulo de Tarso no Programa do Jô, porque aqui é assim: a gente mostra a cobra e limpa o nariz na cortina.


http://video.globo.com/Videos/Player/Entretenimento/0,,GIM1058061-7822-JUIZ+PAULO+DE+TARSO+CONTA+CAUSOS+DE+TRIBUNAIS,00.html

EPÍGRAFE PARA O TEXTO SEGUINTE...


Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?

E achando-a, a pöe sobre os seus ombros, gostoso;

E, chegando a casa, convoca os amigos e vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida.

Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.


Lucas Cap.15, V. 4-7.

domingo, 14 de junho de 2009

Pregando a Briba

Repostagem de email enviado pela amiga Juliana Osório: Um pregador evangélico que dá banho em muito profissional do humor... Pena que, suspeito, essa não fosse sua real intenção. É um recorte pitoresco do que podem fazer a ingenuidade e a boa fé religiosa das pessoas simples.

Destaque para os momentos em que o pregador afirma que Jesus curou um cego e este voltou a andar, que Deus destruiu Sodoma e Gomorra porque lá tava cheio de viado e imundícias e que Eva – que segundo ele parece com Carla Perez- foi feita da costela de Adão, ou seja, do filé ou da "quipanha" do homem.

Um devoto falando em “línguas muito estranhas mesmo”!




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sexta-feira, 12 de junho de 2009

BALANÇA MAS NÃO CAI - A MODERNIDADE NO TELEJORNALISMO CAPIXABA (Ante-projeto para o curso de mestrado em comunicação da PUC-RJ)


Tava escrevendo pro pessoal do Moquecada que já não agüentava mais a cafubira que estava me dando nos dedos pra escrever sobre esse novo programa que apareceu na Record Local. Falo do tal do “Balanço Geral”. É aquela velha história, o diferente sempre causa estranheza, especialmente quando parte pro lado do bizarro. Proponho dar um crédito pros caras, as vezes a coisa começa ruinzinha – que é o caso – e depois vai melhorando. Nota-se o esforço do apresentador em ser simpático e divertido, como acontece também com aquele do programa que tem quase o mesmo nome, o Conexão Geral. Freud explica e o Chacrinha complica.


Fico pensando: Balanço Geral, Conexão Geral... É tudo pro povão? Parece que sim. O termo tem essa “conexão”, entre outras, de remeter à galera, aos lugares populares dos festivos estádios de futebol. Infelizmente ainda não surgiu por aqui um cara com carisma de apresentador, e olha que alguns tentaram, vide aquele senhorzinho de cabelos negros que eventualmente estrela suas próprias propagandas televisivas.


O problema é que no grande Estado do Espírito Santo não é de muito bom tom sair criticando abertamente o trabalho de ninguém... É uma coisa cultural do capixaba, como não buzinar no trânsito por qualquer bobagem, como fazem nossos vizinhos cariocas. Aqui sempre se deu bem quem de todos falou bem. Veja o caso dos talentosos rapazes da revista Quase que inocentemente resolveram fazer graça com o cotidiano local e colheram uma carga prensada de aborrecimentos, jurídicos inclusive.


Penso também que, no final das contas, nada de bom pode resultar quando empreendemos qualquer ação negativa, mas obviamente podemos fazer algumas considerações estrambólicas (Carro Velho sic):


Porque é que a maioria dos apresentadores botocudos tem o rosto alongado lembrando um cavalo? Especialmente aquele cara do programa evangélico (Desafios?) e o outro da Gazeta que adora falar da Cotação do Café. Aliás, a longevidade dessa prática é a coisa mais pitoresca da televisão local. Se um dia acabar vamos até sentir falta.


O curioso é que todas as emissoras respeitam essa máxima do “frame” telejornalístico local. Já imaginou se em São Paulo ainda fosse assim e se em Minas até hoje dessem a cotação do Leite diariamente na televisão? Caralho meu! Noel Rosa cantava isso faz quase cem anos!


“São Paulo dá café, Minas dá leite e a Vila Isabel dá samba!” Nos telejornais do Rio então deveriam dar a cotação do samba! Huhauhauhuha!


O que me incomodou no Balanço Geral mesmo é que tudo o que vi ali me soou repetição descarada de velhas fórmulas que já deram certo no passado. Na década de setenta já tinha um programa de humor televisivo chamado Balança Mas Não Cai e a câmera balançava do mesmo jeito. Remetendo a coisas ainda mais antigas o tom do programa me lembrou também o apelativo Ronda Policial, que antigamente fazia a alegria do povão na Rádio Espírito Santo AM. Nesse programa os apresentadores liam os boletins de ocorrência representando caricatamente as histórias (!) expondo os envolvidos a todo tipo de constrangimento.


Pra terminar vou mandar uma assessoria gratuita para os produtores de nossos telejornais: já que é pra ser tão pitoresco e piegas, que tal os apresentadores locais lerem o horóscopo do dia também? Ou então anunciar a milhar do Jogo do Bicho? Modernidade é tudo. Quer apostar quanto que daqui um pouco isso também vai rolar?

terça-feira, 9 de junho de 2009

ANJOS E DEMÔNIOS DA GAROA

Deu no blog “Olha Só” que o crítico de cinema Ricardo Calil assina no site do IG:

Vitória é a cidade brasileira com maior número de ingressos de cinema per capita, segundo levantamento do site FilmeB divulgado hoje. A capital do Espírito Santo registrou 2,8 bilhetes vendidos por habitante em 2008. O Rio de Janeiro ficou em 12° lugar, com 1,6 ingressos per capita. E São Paulo em 18° lugar, com 1,4. A média de ingressos per capita no Brasil continua vergonhosamente baixa: meio ingresso por habitante no ano passado.”

Achei a notícia espantosa, afinal ainda existe aqui uma certa precariedade de oferta. Nem digo de salas, mas de atendimento ao cliente. Aproveitando o assunto postei um comentário com relação ao mau funcionamento do Cinemark, fiquei sabendo, inclusive, que aumentaram o preço do estacionamento no Shopping Vitória. Ontem mesmo fui comprar cartucho pra minha impressora, cheguei na loja e a moça falou que estava em falta, mas que na loja deles no shopping tinha. Brincadeira né? Nessa crise que o Lula não enxerga, quem vai pagar cinco paus a mais por uma porcaria de cartucho?

Mas falando em cinema, assisti, a nova investida de Dan Brown na sétima arte: “Anjos e Demônios”. Após a cruzada atrás do “Sangue Real” o personagem de Tom Hanks está de volta esbanjando conhecimento, exalando cultura por todos os poros, até aí foi ótimo. Mas atrás de surpresinhas mirabolantes e gratuitas, o roteiro joga contra o bom time o tempo inteiro. É cinema pipoca na mais alta concepção do termo, as informações são tratadas de maneira exagerada a ponto de nos sentirmos imbecis quando percebemos a forma primária que estão tentando para nos manipular.

O roteiro pode ser resumido naquela música cantada pelos Demônios da Garoa: SE VOCÊS PENSA QUE NOIS FOMOS EMBORA /NÓIS ENGANEMOS VOCÊS / FINGIMOS QUE FOMOS E VORTEMOS / OI NÓIS AQUI TRAVEIS!

Outra coisa patente nessa produção é a clara intenção de conciliação e uma indisfarçável retratação com o alto clero do Vaticano. Puxaram a orelha do menino e, dessa vez, ele se enche de dedos para deixar bem claro que os homens são falhos e capazes de cometerem suas loucuras, seus erros, e que isso é também coisa de Deus. Muitos acusam o “mago” Paulo Coelho de ter feito a mesma coisa, procurando se aproximar da “Loba Romana” atrás do grande filão católico ocidental. Li alguma coisa sobre isso no site do Toninho Buda. Depois dêem uma olhada. http://www.toninhobuda.com/

Como essa semana está religiosa – Corpus Christi, inclusive - informo aos amigos que na próxima sexta-feira, dia dos namorados, estarei realizando uma cerimônia de casamento. É isso mesmo, dessa vez não estarei tocando, nem carregando os instrumentos. Vou apresentar uma cerimônia – de tantas que faço - de união formal de um casal que não queria envolver religião nem legislação, mas apenas uma pessoa para os conduzir perante amigos e família numa celebração de amor e união. Bacana não é? Me indiquem para outras. Valeu!

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Carro Velho - O Rei do Elogio

O post anterior me lembrou esse do "estrogonófico" locutor "Carro Velho" - da rádio comunitária 104 de Quixeramobim, com seu discurso inoxidável, porque brilhante, um homem que veio do nada e até hoje não conseguiu coisa nenhuma da vida... Apreciem com moderação, corre o risco de, daqui há pouco, a gente acabar falando que nem ele.




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terça-feira, 2 de junho de 2009

"ENCONTRO EM PARIS" DE CLAUDE LELOUCH

Uma volta alucinada pelas ruas mal dormidas da Paris de 1976. Post enviado pelo companheiro Bibinho, o "Dr. Rock". Filme lendário do cineasta Claude Lelouch (do filme Um Homem Uma Mulher), recentemente remasterizado e re-lançado. O diretor tentou conseguir a liberação das ruas onde as filmagens seriam realizadas, não conseguiu e resolveu fazer o filme de qualquer maneira. É um exemplo do que na época se chamava de Cinéma-Vérité.

A lenda diz que Lelouch teria convidado um piloto de Formula 1 para pilotar uma Ferrari 275GTB o mais rápido possível de Pourt Douphine através do Louvre até a Basílica do Sacre Couer, o percurso teria sido completado com mais ou menos nove minutos. Vemos vários semáforos avançados, pedestres quase atropelados, um festival de velocidade, adrenalina e um misto de coragem com falta de responsabilidade. Após testemunhar a quantidade de infrações ao trânsito e os riscos assumidos durante a gravação, a polícia grampeou o cineasta, que - como diria o Grilo Falante - "segurou o B.O." nunca revelando o nome do piloto que o ajudara.

Acredita-se hoje que o próprio diretor tenha dirigido seu carro, um Mercedez-Benz 450SEL 6.9 e sampleado o tão afamado ronco da Ferrari. Os peneus cantantes e o som da máquina em ação constituem-se num show à parte dentro do video que acaba beirando uma experiência musical de eletro-acústica. Não deixem de assisitir!




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SEMANA CONCORRIDA

Vai ter um bocado de eventos bacanas acontecendo durante essa semana de friozinho capixaba e que já começou complicada com a tragédia misteriosa daquele avião da Air France. Aliás esse caso me lembrou um quadro da TV Pirata que também falava do desaparecimento de um avião com todos os passageiros, a tripulação e a bagagem; ressalvando que no caso da bagagem o sumiço era comum de acontecer.

Mas destacando alguns eventos dessa semana, nem deu tempo de postar o de ontem (01/06), que lançou oficialmente o site de Max Filho na Internet. A equipe da Letra Elektrônica esteve por lá conduzindo a cerimônia e matando a saudade da companheirada que colaborava com a antiga administração da Prefeitura de Vila Velha. Pega o link e confere o conteúdo do site, tem toda a trajetória desse político que permanece sendo um dos últimos rincões da independência ideológica do Espírito Santo.

http://www.maxfilho.com.br/

No dia 03/06 temos o concerto da Orquestra Filarmônica do Espírito Santo, a chamada "Quarta Clássica". Sob regência de Modesto Flávio, a OFES vai apresentar a "Suite N°1 para Cordas" do compositor Sérgio Di Sabbato (Petrópolis, 1955), Trechos escolhidos da Ópera Porgy And Bess de Guershwin (Arranjos de Heifetz/Modesto Flávio) com o violinista Jerzy Milewsky e finalizando com a terceira sinfonia, dita "Escocesa", de Felix Mendelssohn. O Concerto acontece no Theatro Carlos Gomes, 20hs e a entrada é franca.



Na Quinta (04/06) haverá o lançamento de alguns livretos de cordel de Katia Bobbio. Um deles homenageando a jornalista Maria Nilce Magalhães, morta em um dos mais escabrosos crimes de mando - dos muitos que já abalaram a ilha de Vitória - e que dentro de aproximadamente um mês estará completando vinte anos. Segue o convite que nos foi enviado e aproveitamos para confirmar presença. Vai ser na Academia de Letras do Espírito Santo, aquele predinho histórico quase ao lado do Palácio Anchieta, 20hs também.

Já no mês que vem 06 e 07/07 acontece no Teatro da UFES o "Colóquio Internacional Cinema, Tecnologia e Percepção" com uma extensa programação de palestras e oficinas com destaque para a presença do cineasta Jean-Henri Roger (Cineasta), Plínio Prado Jr., Marie Bardet, nosso amigo Orlando Lopes, entre muitos outros. O Evento tem apoio do SEBRAE e da SECULT e organização da Imagem eventos e Juca Magalhães como Mestre de Cerimônias. Para maiores informações acesse o site da Imagem Eventos. http://www.imagemeventos-es.com.br/